“UMA FORÇA QUE VEM DO ALTO”
LER
Lucas 21,5-11
“Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra.” (Lc 21,6).
Quando Jesus diz que “não ficará pedra sobre pedra”, Ele nos alerta para a fragilidade das estruturas humanas, mesmo as mais sólidas. Essa promessa nos convida a encarar a impermanência das coisas e a buscar uma vida fundamentada em algo eterno: a fé, a esperança e o amor que não se abalam frente às crises. É na conscientização dos limites humanos que nasce a força para recomeçar, confiar e construir de novo, com sentido e propósito.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- Quais estruturas em minha vida preciso rever diante da fragilidade revelada por Jesus?
- Como posso fortalecer minha fé para enfrentar as situações que parecem desmoronar?
COMPROMISSO
Identifique uma área da sua vida que precisa ser reconstruída com base em valores sólidos, confiando na presença de Deus. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
Desde o único acontecimento do nascimento-vida-morte-ressurreição de Jesus até a parusia, todos os anos são iguais para nós, cristãos: estamos, de fato, nos últimos tempos, entre um «já», ocorrido em Jesus Cristo, e um «ainda não», esperado por toda a humanidade. Esses «últimos tempos» não têm nada de ameaçador, nem de catastrófico para o homem nem para a criação: não são o chronos que devora seus filhos, mas o kairós, o tempo propício iniciado por Cristo e que qualifica todo o restante do tempo. Devem aparecer, por conseguinte, como um tempo de graça, como o tempo favorável, como o dia da salvação em que acolher a fé e viver dela. Em consequência, esse tempo é sempre um «hoje», o hoje de Deus no hoje de nossa vida vivida, o hoje que Deus fixa novamente para nós […].
Assim é como o cristão conhece e vive o tempo: ele é sempre um «hoje», é sempre um «tempo favorável» (2 Cor 6,2), é sempre um tempo deixado por Deus para a conversão e para viver de um modo belo e bom em comunhão e solidariedade com todos os homens. Isso significa aproveitar o tempo e até, como escreve Paulo (cf. Ef 5,1-16), redimir, resgatar, salvar o tempo como homens providos de sabedoria. E nosso tempo, precisamente porque está marcado pelo hoje de Deus, é um tempo aberto à eternidade, à vida para sempre […]. Se Deus está no início do meu tempo, se o Deus-homem está na plenitude do tempo, como poderia não estar no final do meu tempo? Se Cristo «é o mesmo ontem, hoje e sempre», como poderíamos não estar com ele para sempre nós, que o conhecemos no tempo, hoje? Nossos dias têm um término, mas têm também uma finalidade: o encontro com o Deus que vem, a vida eterna.
(E. Bianchi, Da Forestiero, Cásale Monf. 1995, pp. 49-52)
Bom dia para você e sua família!

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