“FÉ, CORAGEM E ATITUDE”

LER

Lucas 1,26-38

“Eis que conceberás e darás à luz um filho… Faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,31.38).

Assim como Maria foi convidada a conceber o Filho de Deus, somos constantemente chamados a acolher o novo. Isso pode ser um desafio, uma vocação, ou mesmo uma mudança inesperada. O novo muitas vezes vem envolto em mistério e incertezas. Maria não entendia completamente como tudo aconteceria, mas reconheceu que o mistério de Deus era maior do que suas dúvidas. Que a atitude de Maria nos inspire a viver com abertura ao mistério, coragem diante do medo e entrega à vontade de Deus.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

  1. Estou disposto(a) a dizer “sim” ao plano de Deus, mesmo sem compreender tudo?
  2. Que medos ou resistências preciso entregar ao Senhor?

CONTEMPLAR

Imagine-se no lugar de Maria, recebendo o chamado. Como seria meu “sim”? Que transformações ele traria à minha vida.

COMPROMISSO

Eleve sua oração pelo “sim” de outras pessoas, especialmente pelas mães ou pelos que assumem grandes responsabilidade (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

o Evangelho apresenta-nos a cena da Anunciação (Lc 1,26-38). Ela mostra duas atitudes de Maria que ajudam a compreender como ela guardou o dom único que recebeu, o de um coração totalmente livre do pecado. E estas duas atitudes são a admiração perante as obras de Deus e a fidelidade nas coisas simples.

Vejamos a primeira: a admiração. O Anjo diz a Maria: «Alegra-te, ó cheia de graça: o Senhor está contigo» (v. 28) e o evangelista Lucas nota que a Virgem «ficou muito perturbada e interrogava-se sobre o significado dessas palavras» (v. 29). Ela fica surpreendida, impressionada, perturbada: fica espantada quando lhe chamam “cheia de graça” – Nossa Senhora é humilde, isto é, cheia do amor de Deus. É uma atitude nobre: saber maravilhar-se com os dons do Senhor, sem nunca os dar por certos, apreciando o seu valor, alegrando-se com a confiança e a ternura que eles trazem. E é também importante testemunhar essa admiração perante os outros, falando humildemente dos dons de Deus, do bem recebido, e não apenas dos problemas quotidianos. Ser mais positivo. Podemos perguntar-nos: sou capaz de me admirar com as obras de Deus? Por vezes, sinto-me maravilhado e partilho-o com alguém? Ou procuro sempre as coisas más, as coisas tristes?

E chegamos à segunda atitude: a fidelidade nas coisas simples. O Evangelho, antes da Anunciação, não diz nada sobre Maria. Apresenta-a como uma jovem simples, aparentemente igual a tantas outras que viviam na sua aldeia. Uma jovem que, precisamente graças à sua simplicidade, conservou puro aquele Coração Imaculado com o qual, pela graça de Deus, foi concebida. E também isto é importante, porque, para acolher os grandes dons de Deus, é decisivo saber valorizar aqueles que são mais comuns e menos aparentes.

Foi precisamente com a fidelidade quotidiana no bem que Nossa Senhora deixou crescer nela o dom de Deus; foi assim que ela se formou para responder ao Senhor, para lhe dizer “sim” com toda a sua vida.

Então perguntemo-nos: acredito que o importante, quer nas situações diárias quer no caminho espiritual, é a fidelidade a Deus? E, se acredito nisto, encontro tempo para ler o Evangelho, para rezar, para participar na Eucaristia e receber o Perdão sacramental, para fazer algum gesto concreto de serviço gratuito? Estas pequenas escolhas quotidianas são decisivas para acolher a presença do Senhor.

(Papa Francisco, Angelus, 8/12/2023).

Bom dia para você e sua família!