SETEMBRO MÊS DEDICADO À BIBLIA

O Evangelho deste domingo nos confronta com uma verdade essencial: o que realmente define quem somos não são as tradições que seguimos ou os rituais que praticamos, mas o que sai dos, nossos pensamentos e atitudes. Procuremos avaliar se o nosso agir está sempre correlacionado com a nossa maneira de ver, pensar e avaliar as coisas, as situações e as pessoas.

  1. Iniciar com a saudação à Santíssima Trindade
  2. Dt 4,1-2.6-8: (fazer somente a leitura)
  3. Sl 14(15),2-3ab.3cd-4ab.5 (R. 1a): (fazer somente a leitura)
  4. Tg 1,17-18.21b-22.27: (fazer somente a leitura)
  5. Momento de silêncio

LER O EVANGELHO  Marcos 7,1-8.14-15.21-23

(ler o texto em voz alta e depois uma leitura silenciosa)

  1. Qual foi a principal acusação dos fariseus e escribas contra os discípulos de Jesus?
  2. Como Jesus respondeu às críticas dos fariseus sobre a tradição dos anciãos?
  3. Aproveitando da oportunidade, o que Jesus ensinou sobre a verdadeira fonte da impureza?
  4. Quais são os elementos que Jesus menciona que saem do coração do homem e o tornam impuro?
  • QUAIS PALAVRAS E AÇÕES ME CHAMARAM ATENÇÃO NO TEXTO?

Momento de silêncio

Oração: feche os olhos, silencie, respire e faça lentamente a Oração ao Espírito Santo… Vinde Espírito Santo, enchei…

MEDITAR

(O que texto diz para mim?)

  1. Costumo aprofundar o conhecimento sobre as tradições, regras e devoções religiosas ou vou seguindo sem procurar fazer uma reflexão e a importância das mesmas para a mudança de vida?
  2. Percebo que estou aberto(a) ao mistério e à ação do Espírito Santo em minha vida diária?
  3. Qual reflexão faço sobre o texto: “O que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior…” (Mc 7,15-22)?

ORAÇÃO

Escolha um momento e faça sua oração pela conversão dos pecadores.

CONTEMPLAÇÃO (momento de refletir em silêncio).

Há quem julgue que os maus pensamentos se devem ao diabo e não têm origem na própria vontade. É verdade que o diabo pode ser o colaborador e instigador dos maus pensamentos, mas não é seu autor” (São Beda).

COMPROMISSO

Como estou buscando a pureza de coração para que minhas ações reflitam uma fé autêntica, além das aparências.” (escreva no seu diário espiritual).

  • Pai-Nosso, Ave-Maria
  • Benção
  • Canto final ou refrão meditativo.

LEITURA ESPIRITUAL

[…] Jesus enfrenta um tema importante para todos nós crentes: a autenticidade da nossa obediência à Palavra de Deus, contra qualquer contaminação mundana ou formalismo legalista. A narração inicia com a objeção que os escribas e os fariseus dirigem a Jesus, acusando os seus discípulos de não seguirem os preceitos rituais segundo as tradições. Deste modo, os interlocutores pretendiam prejudicar a credibilidade e a autoridade de Jesus como Mestre, pois diziam: “Mas este mestre deixa que os discípulos não cumpram as prescrições da tradição”. Contudo, Jesus reage incisivamente e responde: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando escreveu: “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Vão é o culto que me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos” (vv. 6-7). Assim diz Jesus. Palavras claras e fortes! Hipócrita é, por assim dizer, um dos adjetivos mais fortes que Jesus usa no Evangelho e pronuncia-o dirigindo-se aos mestres da religião: doutores da lei, escribas… “Hipócrita”, diz Jesus.

Com efeito, Jesus tenciona fazer com que os escribas e os fariseus despertem do erro no qual caíram, mas qual é este erro? Desvirtuar a vontade de Deus, descuidando os seus mandamentos para cumprir as tradições humanas. A reação de Jesus é severa porque o que está em questão é importante: trata-se da verdade da relação entre o homem e Deus, da autenticidade da vida religiosa. O hipócrita é um mentiroso, não é autêntico.

Também hoje o Senhor nos convida a evitar o perigo de dar mais importância à forma do que à substância. Exorta-nos a reconhecer, sempre de novo, aquele que é o verdadeiro centro da experiência de fé, ou seja, o amor de Deus e o amor do próximo, purificando-a da hipocrisia do legalismo e do ritualismo. […]

“Não se deixar contaminar por este mundo” não significa isolar-se e fechar-se à realidade. Não. Também neste caso, não deve tratar-se de uma atitude exterior mas interior, de substância: significa vigiar para que o nosso modo de pensar e de agir não seja poluído pela mentalidade mundana, isto é, a vaidade, a avareza, a soberba. Na realidade, um homem ou uma mulher que vive na vaidade, na avareza, na soberba e ao mesmo tempo crê e se mostra como religioso e inclusive condena os outros, é um hipócrita. […]

Jesus diz que a Palavra de Deus é como o grão, é uma semente que deve crescer nas obras concretas. Assim a própria Palavra purifica o nosso coração e as nossas ações, e a nossa relação com Deus e com os demais é libertada da hipocrisia.

(Papa Francisco, Angelus, 02 de setembro de 2018).

Organização:

Pe. William Santos Vasconcelos

Canal Whatzapp: (86) 98109-2883