PREPARANDO A LITURGIA
- Iniciar com a saudação à Santíssima Trindade
- 2Cr 36,14-16.19-23; (fazer somente a leitura)
- Sl 136(137),1-2.3.4-5.6 (R. 6a); (fazer somente a leitura)
- Ef 2,4-10; (fazer somente a leitura)
- Momento de silêncio
- Oração do Espírito Santo
- Canto de aclamação ao Evangelho
- LER O EVANGELHO: Jo 3,14-21
“DOAR-SE, EXPRESSÃO DIVINA DO AMOR”
- Ler o Evangelho em voz alta, depois uma leitura silenciosa; e mais uma vez a leitura em voz alta novamente.
- Depois cada participante fala uma palavra, frase ou versículo que chamou mais atenção.
- Na leitura é importante perceber:
- Quais são os personagens que aparecem no texto?
- Por que Jesus precisa ser levantado no madeiro da Cruz?
- Qual a expressão máxima do amor de Deus no Evangelho de hoje?
- Para que Deus enviou seu Filho ao mundo?
- Qual a maneira expressiva para aproximar-se da luz, de modo que manifeste a ação de Deus na vida?
- MEDITAR
Aqui é o momento de compartilhar no grupo o que foi meditado no Evangelho relacionando com a vida.
- O que posso acolher da mensagem do Evangelho para viver a plenitude da vida eterna?
- Vivo de forma que minha vida resplandeça a vida divina?
- Como posso agir de forma que minhas atitudes manifeste a presença de Deus?
- Compartilhe a frase: “Afaste-se do mal e pratique o bem, busque a paz e empenhe-se por alcança-la” (1Pd 3,11-12).
- ORAR
Faça seu agradecimento em forma de oração (pode ser em voz alta ou silenciosa).
- CONTEMPLAR
Momento em que cada um assume, pessoalmente, um compromisso concreto a partir do que foi meditado na leitura.
- Leitura das preces
- Pai-Nosso, Ave-Maria
- Benção
- Canto final.
LEITURA ESPIRITUAL – leitura complementar
Dos Tratados sobre o Evangelho de São João, de Santo Agostinho, bispo (Trat. 34,8-9:CCL36,315-316), (Séc. V).
Cristo é o caminho para a luz, a verdade para a vida
Diz o Senhor: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não andará nas trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12). Estas breves palavras contêm um preceito e uma promessa. Façamos o que o Senhor mandou, para esperarmos sem receio receber o que prometeu, e não nos vir ele a dizer no dia do Juízo: “Fizeste o que mandei para esperares agora alcançar o que prometi?” Responder-te-á: “Disse que me seguisses”. Pediste um conselho de vida. De que vida, senão daquela sobre a qual foi dito: Em vós está a fonte da vida? (Sl 35,10). Por conseguinte, façamos agora o que nos manda, sigamos o Senhor, e quebremos os grilhões que nos impedem de segui-lo. Mas quem é capaz de romper tais amarras se não for ajudado por aquele de quem se disse: Quebrastes os meus grilhões? (Sl 115,7). E também noutro salmo: É o Senhor quem liberta os cativos, o Senhor faz erguer-se o caído (Sl 145,7.8).
Somente os que assim são libertados e erguidos poderão seguir aquela luz que proclama: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não andará nas trevas. Realmente o Senhor faz os cegos verem. Os nossos olhos, irmãos, são agora iluminados pelo colírio da fé. Para restituir a vista ao cego de nascença, o Senhor começou por ungir-lhe os olhos com sua saliva misturada com terra. Cegos também nós nascemos de Adão, e precisamos de ser iluminados pelo Senhor. Ele misturou sua saliva com a terra: E a Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). Misturou sua saliva com a terra, como fora predito: A verdade brotou da terra (cf. Sl 84,12). E ele próprio disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6).
A verdade nos saciará quando o virmos face a face, porque também isso nos foi prometido. Pois quem ousaria esperar, se Deus não tivesse prometido ou dado?
Veremos face a face, como diz o Apóstolo: Agora, conheço apenas de modo imperfeito; agora, nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face (1Cor 13,12). E o apóstolo João diz numa de suas cartas: Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é (1Jo 3,2). Eis a grande promessa!
Se o amas, segue-o! “Eu o amo, dizes tu, mas por onde o seguirei?” Se o Senhor te houvesse dito: “Eu sou a verdade e a vida”, tu que desejas a verdade e aspiras à vida, certamente procurarias o caminho para alcançá-la e dirias a ti mesmo: “Grande coisa é a verdade, grande coisa é a vida! Ah, se fosse possível à minha alma encontrar o caminho para lá chegar!”
Queres conhecer o caminho? Ouve o que o Senhor diz em primeiro lugar: Eu sou o caminho. Antes de dizer aonde deves ir, mostrou por onde deves seguir. Eu sou, diz ele, o caminho. O caminho para onde? A verdade e a vida. Disse primeiro por onde deves seguir e logo depois indicou para onde deves ir. Eu sou o caminho, eu sou a verdade, eu sou a vida. Permanecendo junto do Pai, é verdade e vida; revestindo-se de nossa carne, tornou-se o caminho.
Não te é dito: “Esforça-te por encontrar o caminho, para que possas chegar à verdade e à vida”. Decerto não é isso que te dizem. Levanta-te, preguiçoso! O próprio caminho veio ao teu encontro e te despertou do sono em que dormias, se é que chegou a despertar-te; levanta-te e anda!
Talvez tentes andar e não consigas, porque te doem os pés. Por que estão doendo? Não será pela dureza dos caminhos que a avareza te levou a percorrer? Mas o Verbo de Deus curou também os coxos. “Eu tenho os pés sadios, respondes, mas não vejo o caminho”. Lembra-te que ele também deu a vista aos cegos.
(Liturgia das Horas – Ofício das leituras do IV Domingo da quaresma)
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