A FIDELIDADE NO POUCO PREPARA NOSSO CORAÇÃO PARA O VERDADEIRO TESOURO

LER

Lucas 16,9-15

“Se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem?” (Lc 16,11).

Vivemos cercados por bens que passam, e é neles que Deus testa nossa fidelidade. O modo como lidamos com o dinheiro, o tempo e as pessoas revelam o valor que damos ao essencial. Se somos injustos nas pequenas coisas, como receberemos o dom maior que é o amor? A vida nos convida a maturar o coração para que o uso do que é material sirva àquilo que é eterno. A alma fiel é aquela que vê o bem nas mãos e o devolve em generosidade. Aprender a usar o “pouco” é preparar-se para viver o “tudo”.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).

MEDITAR

  1. Tenho sido fiel nas pequenas responsabilidades do dia a dia?
  2. O que o uso do meu dinheiro revela sobre meu coração?

COMPROMISSO

Como posso ser justo(a) e generoso(a) no uso dos meus bens. (escreva no seu Diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

“Deus e sua eternidade querem ser amados com todo o coração; não de maneira que o amor terreno se torne comprometido ou enfraquecido, mas, de certa forma, como o cantus firmus, em relação ao qual as outras vozes da vida soam como contraponto; um desses temas contrapontistas, que têm plena autonomia, mas que estão, no entanto, relacionados com o cantus firmus, é o amor terreno […]. Onde o cantus firmus é claro e distinto, pode-se desenvolver o contraponto com o máximo vigor […]. Você entende o que quero dizer? Queria pedir-lhe que fizessem soar com clareza, juntos em sua vida, o cantus firmus, e somente depois disso produzirá um som pleno e completo, e o contraponto será sempre sustentado, não poderá se desviar nem se interromper, e continuará sendo, ainda assim, algo específico, total, completamente autônomo. Somente quando estamos nessa polifonia, a vida é total, e, ao mesmo tempo, sabemos que nada funesto pode acontecer enquanto o cantus firmus se mantém. Talvez muitas coisas se tornem mais fáceis de suportar nesses dias de vida juntos e nos dias de separação que provavelmente virão.”

(D. Bonhoeffer, Resistenza e resa, Cinisello B. 1988, 373ss, passim [edição espanhola: Resistencia y sumisión, Ediciones Sigúeme, Salamanca 1983]).

Bom dia para você e sua família!