“QUEM RENUNCIA, ENCONTRA-SE”
LER
Lucas 14,25-33
“Se não renunciares a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33).
Jesus nos ensina que renunciar é libertar-se das “amarras” que nos prendem ao que passa. Jesus convida a uma entrega sem reservas, onde o coração deixa de ser posse para ser oferta. Não se trata de empobrecer, mas de viver com o essencial, sem ilusões. O discipulado é caminho de despojamento que enriquece a alma. Seguir Jesus exige coragem de perder para ganhar o que não se perde. Cada renúncia abre espaço para o amor maior.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- O que ainda me impede de seguir Jesus com liberdade?
- Tenho coragem de deixar o supérfluo para encontrar o essencial
COMPROMISSO
Procure desapegar-se, hoje, de algo que o/a afasta do amor e do serviço. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
O amor, para alcançar sua realização plena, exige a entrega mútua das pessoas. Só assim o amor pode ser um “sim” pleno, pois uma pessoa só se abre para a outra na entrega. Somente quando se tornam uma única coisa é possível o verdadeiro conhecimento das pessoas. O amor, em sua forma mais elevada, inclui, por isso, o conhecimento. Ele é, ao mesmo tempo, recepção e ação livre; portanto, também envolve a vontade e é a satisfação do desejo […]. Agora bem, deve ser sempre entrega para ser amor autêntico. Um desejo que só queira tirar vantagens para si, sem se entregar, não merece o nome de amor. Podemos dizer, tranquilamente, que o espírito finito alcança sua vida mais elevada e plena no “sim”.
Se, em sua realização mais elevada, o amor é entrega mútua e um tornar-se uma só coisa, isso inclui uma pluralidade de pessoas. O “apego” à nossa própria pessoa e a autoafirmação de nós mesmos – típicos do amor próprio equivocado – constituem exatamente o oposto da essência divina, que é a entrega de si. A única realização perfeita do amor é a própria vida divina, a mútua entrega das pessoas divinas. Aqui, cada pessoa encontra na outra a si mesma, e, como sua vida é, assim como sua essência, uma, o amor recíproco é, ao mesmo tempo, amor de si mesma, é um “sim” dito à própria essência e à própria pessoa.
(E. Stein, Il mistero della vita interiore, Brescia 1999, pp. 75-77, passim).
Bom dia para você e sua família!

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