“VIVER ACORDADO É VIVER COM PROPÓSITO EM CADA MOMENTO”
LER
Lucas 12,35-38
“Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar” (Lc 12,37).
No Evangelho de hoje Jesus nos chama a viver “acordados”, atentos ao nosso propósito e à nossa relação com o divino e com os outros. A vigilância não é apenas física, mas uma prática de estar presente, buscando a verdade e o bem em cada ação. Em um mundo tão distraído, somos desafiados a viver com propósito, refletindo sobre como usamos nosso tempo e nossas energias. Ser vigilante é, portanto, estar disposto a transformar-se, a cuidar de nossas atitudes e relacionamentos, e a buscar a justiça e a paz. A preparação para o encontro com o Senhor se dá no cotidiano, no modo como vivemos cada momento.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- Como posso estar mais “acordado” e presente em minha vida diária?
- O que significa viver com propósito no meu contexto atual?
COMPROMISSO
Hoje, faça uma pausa consciente para refletir sobre suas ações e atitudes, buscando alinhá-las com seus valores. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
O pecado é fonte de escravidão: “Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8,34). A experiência cotidiana do homem confirma desde sempre essa afirmação clara e inequívoca de Cristo. Começamos a pecar por curiosidade (às vezes até por vaidade); continuamos por fraqueza e hábito; acabamos pecando por desespero, porque já não conseguimos romper as cadeias. Chegados a esse ponto, nos convencemos de que o pecado não existe; há apenas tabus que devemos derrubar ou, pelo menos, superar. Dessa forma, o homem, acreditando afirmar-se como livre senhor de sua própria vida, torna-se o alvo de escárnio das forças do mal.
Para o Evangelho, o único pecado com o qual o homem deve se preocupar é o seu próprio; quanto ao pecado dos outros, Jesus nos recomenda que não o julguemos. Para o Evangelho, a fonte do mal é o coração do homem: do coração, isto é, do mistério de nossa personalidade interior e do uso injusto de nossa liberdade, procedem todas as iniquidades, toda a avidez, as corrupções e as loucuras que transformam a terra em um lugar onde quase não parece possível viver. Pode-se até dizer que, para o homem moderno, o pecado parece não existir mais ou que, em todo caso, é considerado um fenômeno irrelevante. No entanto, o Evangelho continua chamando as coisas pelos seus nomes. O pecado, para o Evangelho, é uma realidade triste e universal. É uma calamidade tão grande que, se não intervêm o arrependimento e o perdão, tem como desfecho a condenação eterna. Sua gravidade é tamanha que o Filho de Deus acabou na cruz para nos libertar dele.
O Senhor me salva do meu pecado, concedendo-me a graça inesperada de sempre recomeçar a tentativa de levar uma vida inocente. Diante de nossa fragilidade, devemos redescobrir, por um lado, a plena e efetiva responsabilidade que nos vem de nossa natureza de criaturas livres e senhoras de seus atos, e, por outro, o poder da graça de Cristo, que é capaz de nos dar a força que não possuímos por nós mesmos. Trata-se, em suma, de reafirmar nossa liberdade, embora como “liberdade redimida”.
(G. Biffi, La meraviglia dell’evento cristiano, Cásale Monf. 1996, pp. 307-309 passim).
Bom dia para você e sua família!

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