SANTA MÔNICA

“SER POR DENTRO O QUE SE MOSTRA POR FORA”

LER

Mateus 23,27-32

“Vós sois como sepulcros caiados…” (Mt 23,27).

No Evangelho de hoje, Jesus denuncia a incoerência entre a aparência e a verdade interior. Muitas vezes, somos tentados a mostrar ao mundo uma fachada de bondade, mas, dentro de nós, carregamos ressentimento, orgulho e indiferença. Essa palavra nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e a sermos verdadeiros conosco e com Deus. Não basta parecer justo: é preciso viver a justiça no cotidiano. O chamado é para a integridade, para que a luz que mostramos fora nasça de um coração limpo. Só assim seremos autênticos discípulos do Senhor.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).

MEDITAR

  1. O que mais me toca ou provoca reflexão nesta passagem do Evangelho de hoje?
  2. Minha vida interior corresponde ao que mostro por fora?

COMPROMISSO

Procure assumir gestos simples de verdade e amor, sem buscar aparência ou reconhecimento. (escreva no seu Diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

Entre o final de outubro e o início de novembro do ano 386, Agostinho retirou-se com sua mãe, Mônica, seu irmão Navigio, seu filho Adeodato, seu amigo Alípio […] para a villa de seu amigo Verecundo em Cássiciaco. Na paz campestre da Brianza, entre o sussurrar das folhas e dos riachos, com os Alpes como cenário, Agostinho se preparou para o batismo. A comitiva africana vivia num clima de intensa espiritualidade, ocupando grande parte do tempo em discussões filosóficas — uma filosofia agora submetida à fé e desejosa de conhecer seu conteúdo.

Nessa comitiva, Mônica atuava um pouco como mãe de todos, ora como zelosa e enérgica dona de casa, ora como sábia e experiente mestra. Quando os que discutiam esqueciam-se de comer, Mônica os convidava a fazê-lo e, se necessário, os impulsionava com tal vivacidade que os obrigava a interromper a discussão. Quando era convidada a participar das discussões, dava respostas tão discretas que despertava a admiração de todos. Como quando declarou que a verdade é o alimento da alma; ou, sem saber, definiu a felicidade com as mesmas palavras de Cícero; ou afirmou que sem sabedoria ninguém pode ser feliz; ou lembrou, finalmente, que apenas a fé, a esperança e a caridade podem nos conduzir à vida bem-aventurada.

Agostinho, alegremente surpreso com tanta sabedoria, afirma que sua mãe «alcançou o cume da filosofia» e declara-se discípulo dela. A «filosofia» de Mônica é a sabedoria do Evangelho, uma sabedoria que ela não conquistou pelo estudo, mas pela virtude, oração e docilidade ao Espírito. Ela a possui agora em grau eminente. É intrépida. Não teme nem a desventura nem a morte. Ou seja: alcançou uma disposição interior extremamente difícil, embora importantíssima, que constitui — por consenso unânime — o ápice da sabedoria. Rica em amor a Deus e ao próximo, que é o fundamento da sabedoria evangélica, pode prescindir do conhecimento dos filósofos e ainda assim colher seus frutos. Por isso Agostinho declara-se discípulo dela e confia às orações de Mônica a realização do ideal de sabedoria a que aspira.

(A. Trape, S. Agostino. Mia madre).

Bom dia para você e sua família!

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