“FÉ VERDADEIRA É UNIR JUSTIÇA, MISERICÓRDIA E FIDELIDADE”

LER

Mateus 23,23-26

“Vós deveríeis praticar isto, sem, contudo, deixar aquilo.” (Mt 23,23).

Jesus nos lembra que a fé não pode ser vivida de forma fragmentada. Ele critica aqueles que se apegam apenas a pequenos detalhes das leis e normas, esquecendo o que é essencial: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Muitas vezes também caímos nessa armadilha, cumprindo rituais, mas deixando de lado o coração transformado, convertido. A verdadeira espiritualidade une gesto e intenção, prática e essência. Jesus nos convida a viver uma fé completa, onde o amor e a solidariedade iluminam até mesmo os menores atos. Não basta ser justo em partes, é preciso integrar tudo no amor de Deus. Esse é o caminho de autenticidade que liberta e dá sentido à vida.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).

MEDITAR

  1. Tenho vivido hoje com justiça, misericórdia e fidelidade nas minhas atitudes?
  2. Estou unindo fé e prática, ou apenas cumprindo rituais externos?

COMPROMISSO

Hoje pratique um gesto concreto de justiça e misericórdia com alguém próximo. (escreva no seu Diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

Jesus diz: «Eu vos dou um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros» (Jo 13,34-35).
E como Jesus nos ama? Ele diz: «Como o meu Pai me amou, assim também eu vos amei» (Jo 15,9).
O amor que Jesus tem por nós é expressão perfeita do amor que Deus nos tem, porque Jesus e o Pai são um. «As palavras que vos digo — diz Jesus — não as digo por conta própria; o Pai, que permanece em mim, é quem realiza as suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim» (Jo 14,10-11).

Essas palavras podem parecer, à primeira vista, muito irreais e misteriosas, mas têm uma implicação direta e radical na maneira de viver nossas relações na realidade de cada dia. Jesus nos revela que Deus nos chama a ser testemunhas vivas do seu amor. Tornamo-nos suas testemunhas seguindo Jesus e amando-nos uns aos outros como ele nos ama.

O que isso significa em relação ao matrimônio, à amizade e à comunidade? Significa que a fonte do amor que sustenta essas relações não está nos próprios envolvidos, mas em Deus, que os chama a viver juntos. Amar-se mutuamente não significa agarrar-se uns aos outros para permanecer seguros em um mundo hostil, mas viver juntos de tal modo que todos reconheçam em nós pessoas que tornam visível ao mundo o amor de Deus.

Não apenas toda paternidade e maternidade vêm de Deus, mas também toda amizade, todo relacionamento matrimonial e toda verdadeira intimidade e comunhão. Se vivermos como se as relações humanas fossem “obra do homem” e, portanto, sujeitas às mudanças e instabilidades das normas e costumes humanos, nada poderemos esperar, senão a imensa fragmentação e alienação que caracterizam nossa sociedade.

Mas quando afirmamos e reafirmamos constantemente que Deus é a fonte de todo amor, descobrimos o amor como um dom de Deus ao seu povo.
(H. J. M. Nouwen, Aqui e agora. Vivendo no Espírito, Paulus, São Paulo, 1995, pp. 133-134).

Bom dia para você e sua família!