SÃO BERNARDO
“A BONDADE DE DEUS É PARA TODOS, SEM COMPARAÇÃO OU MÉRITOS”
LER
Mateus 20,1-16a
“Estás com inveja, porque estou sendo bom?” (Mt 20,15).
Jesus nos provoca a refletir sobre o nosso coração. Muitas vezes, somos tentados a comparar nossa vida com a dos outros, criando raízes de inveja e descontentamento. No entanto, a bondade de Deus não se mede pelos padrões humanos, ela é gratuita e indiscriminada. Jesus nos ensina que a graça divina não é um prêmio por méritos, mas uma expressão do amor que se oferece sem reservas. A inveja nos impede de ver o amor generoso de Deus, que é para todos. Quando aceitamos essa verdade, nossa vida se transforma em um campo de gratidão, não de competição. A verdadeira liberdade está em reconhecer a bondade de Deus em nossa vida, independentemente do que os outros têm..
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- Como posso praticar a generosidade sem me preocupar com o que os outros têm ou recebem?
- Procuro reconhecer e agradecer a bondade de Deus em minha vida, independentemente das comparações com os outros?
COMPROMISSO
Agradeça pelas bênçãos que você recebe, sem procurar comparar com os outros. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
O «espírito de sabedoria e de revelação» que nos permite conhecer plenamente o Pai da glória nos é dado em Cristo mediante o selo do Espírito Santo. Nós podemos ver agora todas as coisas em Jesus não em virtude de uma luz intelectual particular (isso será o dom do entendimento), mas por connaturalidade, por instinto divino – como diria Santo Tomás – desde o momento em que estamos em Jesus, que se encontra no centro do mistério da salvação, e estamos em Deus, que se encontra na origem, no alto. O conhecimento por connaturalidade tem sido frequentemente comparado, na tradição patrística e espiritual, ao gosto. Notei que um alimento está doce ou salgado não por um raciocínio, nem mesmo pela análise química dos componentes do sal ou do açúcar; eu percebo isso por uma sintonia connatural entre o sal, o açúcar e as minhas papilas gustativas. De forma análoga, acontece com o dom da sabedoria: percebo que um fato, uma ação, um comportamento, um pensamento, está em consonância com o plano de Deus porque estou em Jesus, que está no centro desse plano, porque amo o Pai, que é o autor desse desígnio.
Consequentemente, a sabedoria está mais ligada à caridade do que à fé; a sabedoria é o refluxo de um grandíssimo amor ao Pai e a Jesus, que se torna o gosto do mistério de Deus. Paulo, na carta aos Efésios (1,16c), pede essa sabedoria precisamente para os seus e para nós.
(C. M. Martini, Homens e mulheres do Espírito: meditações sobre os dons do Espírito Santo, Sal Terrae, Santander 1998).
Bom dia para você e sua família!
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