TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

“A oração nos transforma, renova nossa vida e nosso coração diante de Deus”

LER

Lucas 9,28b-36

“Enquanto orava, seu rosto mudou de aparência” (Lc 9,29).

O Evangelho de hoje nos revela o poder profundo da oração, que transforma nossa visão e nosso ser. Quando Jesus ora, Seu rosto muda de aparência, simbolizando a transfiguração interior que também podemos experimentar. A oração é um momento de encontro com Deus, onde não apenas buscamos Sua presença, mas também permitimos que Ele nos transforme por dentro. Ela nos dá uma nova perspectiva sobre a vida, iluminando nosso caminho e renovando nosso espírito. Em meio às dificuldades, a oração nos fortalece e nos orienta. Assim como Jesus, somos chamados a deixar que a oração nos transfigure. Que cada momento de oração seja uma oportunidade de experimentar a verdadeira mudança em nosso coração.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).

MEDITAR

  1. Como a oração tem transformado minha visão sobre os desafios que enfrento no dia a dia?
  2. De que maneira minha intimidade com Deus na oração tem me moldado internamente, além da aparência externa?

COMPROMISSO

Dedique10 minutos diários para orar e refletir sobre como a presença de Deus pode transformar minha vida e minha visão das situações cotidianas. (escreva no seu Diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

Se soubéssemos reconhecer o dom de Deus, se soubéssemos experimentar o estupor, como o pastor Moisés, diante de todas as sarças que ardem nas bordas dos nossos caminhos, compreenderíamos então que a transfiguração do Senhor – a nossa – começa com uma certa mudança no nosso olhar. Foi o olhar dos apóstolos que foi transfigurado; o Senhor permanece o mesmo. A cotidianidade da nossa vida, trivial e extraordinária, deveria revelar então sua deslumbrante profundidade. O mundo inteiro é uma sarça ardente, todo ser humano – seja qual for a impressão que nos desperte – é essa profundidade de Deus. Todo acontecimento leva em si um raio da sua luz. Nós, que aprendemos a olhar tantas coisas hoje, aprendemos os dados elementares do nosso ofício de homens? Vive-se, de fato, na medida do amor, mas ama-se na medida do que se vê. Agora, na transfiguração, nossa visão participa no mistério, daí o amor estar em condições de brotar dos nossos corações como fogo que arde sem consumir, e assim pode nos ensinar a viver.

Devemos passar da sonolência da qual fala o evangelho à autêntica vigília, à vigilância do coração. Quando acordarmos, nos será dada a alegria inesgotável da cruz. Ao ver, finalmente, na fé, o homem em Deus e Deus no homem-Cristo, nos tornaremos capazes de amar, e o amor sairá vitorioso sobre toda morte. O Senhor se transfigurou orando; também nós seremos transfigurados unicamente na oração. Sem uma oração contínua, nossa vida fica desfigurada. Ser transfigurado é aprender a ver a realidade, ou seja, nosso Deus, Cristo, com os olhos bem abertos. Certamente, neste mundo louco, sempre teremos necessidade de fechar os olhos e os ouvidos para recuperar um certo silêncio. Isso é necessário, é como uma espécie de exercício para a vida espiritual. No entanto, a vida, a que brota, a vida do Deus vivo, é contemplá-lo com os olhos abertos. Ele está no homem, nós estamos nele. Toda a criação é a sarça ardente da sua parusia. Se nós “esperássemos com amor sua vinda” (2 Tim 4,8), daríamos um impulso muito diferente ao nosso serviço neste mundo. (J. Corbon, A alegria do Pai, Magnano 1997).

Bom dia para você e sua família!