SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
“SIMPLICIDADE DA VIDA”
LER
Mateus 13,54-58
“Não é ele o filho do carpinteiro… Então, de onde lhe vem tudo isso?” (Mt 13,55.56).
Quantas vezes rejeitamos o novo em nós e nos outros, presos ao passado ou a uma imagem pré-concebida? No Evangelho de hoje, vemos como a rotina e a familiaridade podem cegar nossos olhos. Os habitantes de Nazaré não viam Jesus como o Messias, pois estavam presos ao seu passado e ao rótulo de “filho do carpinteiro”. Esta é uma ferida existencial que todos carregamos: reduzir o outro ou a nós mesmos ao que fomos antes. Essa atitude, disfarçada de “realismo”, impede o milagre, pois a fé verdadeira exige abertura ao novo, à transformação. O desafio é enxergar o extraordinário no ordinário, perceber que Deus pode se manifestar nas situações mais simples e inesperadas.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- O que nos impede de ver o novo que Deus pode estar fazendo na vida das pessoas e em nós mesmos?
- Como posso abrir meu coração para perceber o extraordinário nas coisas simples e cotidianas?
COMPROMISSO
Procure olhar para alguém que você costuma julgar pelo passado e tente enxergar o que essa pessoa se tornou, reconhecendo o potencial de transformação que há nela. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
Esta é, portanto, a meta para a qual devem tender nossos desejos, nossos suspiros, todos os pensamentos e todas as nossas esperanças: ir a gozar de Deus no paraíso, para amá-lo com todas as forças e gozar da alegria de Deus. Com certeza, os bem-aventurados desfrutam de sua felicidade naquele Reino de delícias, mas sua alegria principal, aquela que absorve todos os outros gozos, será a de conhecer a felicidade infinita que goza seu amado Senhor, enquanto eles amam a Deus imensamente mais do que a si mesmos. Todo bem-aventurado, em virtude do amor que tem a Deus, continuaria contente mesmo que perdesse todos os seus gozos, e sofreria toda dor com a condição de que não faltasse a Deus — se é que poderia faltar-lhe — nem que fosse uma mínima parte da felicidade de que Ele goza. Por isso, ao ver que Deus é infinitamente feliz e que essa felicidade nunca pode lhe faltar, nisso consiste seu paraíso. Assim se entende o que diz o Senhor a toda alma ao lhe dar posse da glória: «Toma parte na alegria do teu senhor» (Mt 25,21).
Não é mais o gozo que entra no bem-aventurado, mas é este que entra no gozo de Deus, enquanto o gozo de Deus é o objeto da alegria do bem-aventurado. Dessa forma, o bem de Deus será o bem do bem-aventurado, a riqueza de Deus será a riqueza do bem-aventurado, e a felicidade de Deus será a felicidade do bem-aventurado.
(Alfonso María de Ligorio, Práctica del amor a Jesucristo).
Bom dia para você e sua família!
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