OS SANTOS INOCENTES, MÁRTIRES

“SOLIDARIEDADE”

LER

Mateus 2,13-18

“Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais (Mt 2,18).

Hoje somos desafiados a enfrentar os “Herodes” da nossa vida com coragem e fé, a carregar o essencial em nossa jornada e a reconhecer que, mesmo na dor, Deus nunca nos abandona. É uma narrativa que nos chama à ação: proteger o que é precioso, acolher quem sofre e manter viva a esperança. Ainda hoje muitas crianças são sacrificadas através do aborto, como vítimas da fome, das doenças, das guerras, e tantas outras violências. Cuidemos das nossas crianças. E, por outro lado, não deixemos morrer dentro de nós a nossa criança que confia na esperança, nas atitudes de ousadia e na alegria de bem viver.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

  1. Herodes representa não apenas o mal do mundo, mas também as forças interiores que, às vezes, nos afastam de Deus. Onde preciso resistir ao “Herodes” dentro de mim?
  2. O sofrimento dos inocentes nos lembra das injustiças do mundo. Sou sensível a essas dores? Como posso ser instrumento de justiça e compaixão?

CONTEMPLAR

Veja como Deus caminha com você, mesmo nas situações mais difíceis.

COMPROMISSO

Posso ser mais sensível às injustiças ao meu redor e buscar ser uma voz profética contra elas? (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

Independentemente de benefícios que daí derivam para nós, é justo e é o dever de celebrar assim a morte dos Santos Inocentes porque foi uma morte abençoada. Aproximar-se de Cristo, sofrer por Ele é certamente um privilégio indescritível – sofrer de alguns mesmo que eles não saibam. As crianças não estavam cientes de sua afetuosa benevolência, mas sua bênção talvez não fosse um privilégio? É verdade que esse massacre continha em si mesmo a natureza de um sacramento; foi uma promessa do amor do Filho de Deus para com os interessados. Todos os que vieram a ele sofreram em maior ou menor grau, porque foi aproximado, como se sofrimento e tribulação emanarão dEle, como um benefício precioso para o bem de suas almas – e nesta edição eles são incluindo essas crianças. É verdade que sua própria presença era um sacramento. Cada um de seus movimentos, cada um de seus olhares e cada uma de suas palavras trouxe graça a quem estava disposto a recebê-lo e ainda mais: o fato de serem seus companheiros. Consequentemente, nos tempos antigos, esses assassinatos bárbaros ou o martírio eram considerados uma espécie de batismo, um batismo de sangue, que continha em si um poder sacramental que substituiu a pia batismal pela regeneração. Vamos considerar esses carinhas como se, em certo sentido, eles foram mártires e vejamos o que podemos tirar do exemplo de sua inocência (J. H. Newmann, Santo Inocentes. A Mente das Crianças Uttle, PPS, II, 62).

FELIZ NATAL para você e sua família!