SÃO JOÃO, APÓSTOLO

“CONFIANÇA”

LER

João 20,2-8

“Entrou também o outro discípulo… Ele viu, e acreditou” (Jo 20,8).

No Evangelho de hoje, somos convidados a abrir os olhos do coração para perceber a vida divina, vida nova que se manifesta em nosso cotidiana. Que, como o discípulo amado, possamos ver além das aparências e encontrar sentido e esperança mesmo nos momentos mais desafiadores. A fé nos dá essa certeza: as dificuldades e os sofrimentos não são o fim, mas o começo de algo maior para quem tem no seu íntimo um coração capaz de ir sempre mais além. Não se vê com os olhos, mas com o coração… “O essencial é invisível aos olhos” (Antoine de Saint-Exupéry)

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

  1. Como eu reajo diante do inesperado ou do que não compreendo?
  2. Como posso cultivar uma confiança mais profunda em Deus, mesmo diante de “túmulos vazios” na minha vida?

CONTEMPLAR

Foque na frase: “Viu e acreditou.” Repita-a suavemente e deixe que ela se torne uma oração interior.

COMPROMISSO

Compartilhe sua fé ou suas dúvidas com alguém da minha comunidade. (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

Senhor Jesus, quem escolhe te amar não fica desapontado porque nada pode ser feito, ame melhor e mais proveitosamente do que você, e isso a esperança nunca diminui. Não há medo de exagerar, porque em amá-lo nenhuma medida é prescrita. Não há necessidade de temer a morte, o que põe fim às amizades do mundo, porque a vida não pode morrer. Em amar você não há temer qualquer ofensa, porque não pode haver nenhuma, a menos que se seja ele deseja algo diferente do amor. Nenhuma suspeita é sugerida porque julgais segundo o testemunho da consciência que ama. Esta é a suavidade que exclui o medo.

Verbo devorador, ardente de justiça, Palavra de amor, Palavra de toda perfeição, Verbo de ternura. Verbo devorador de quem nada pode escapar! Uma Palavra que resume em ti toda a lei e o Profetas. Daquele que tem tal amor, ele fala abertamente a Verdade estas palavras: “O que acolhe os meus mandamentos e os cumpre, esse homem ama-me» (Jo 14,21). Deve-se saber também que o amor de Deus não é mede por sentimentos momentâneos, mas pela perseverança da vontade. O homem deve unir sua vontade à de Deus, para que a vontade humana consinta em tudo o que é que a vontade divina dispõe, sem querer isto ou aquilo se não é porque ele sabe que Deus o quer.

Isso significa amar Deus absolutamente. Na verdade, a mesma vontade não é outra coisa que ama (Elredo de Rievoulx, Discurso sobre o amor de Deus).

FELIZ NATAL para você e sua família!