“CONFIANÇA NOS PLANOS DIVINOS”

LER

Mateus 1,1-17

“Origem de Jesus Cristo, filho de Davi” (Mt 1,1).

Somos, cada um de nós, uma parte de uma história maior. Nossas escolhas, nossas falhas e nossas vitórias são parte de um plano que está além do que podemos entender e imaginar. E, como na genealogia de Jesus, Deus pode usar até os momentos mais difíceis e os caminhos mais tortuosos para trazer à luz Sua obra de salvação e redenção. Nossa vida, com tudo o que ela contém, é parte do mistério divino.

Vivamos com a consciência de que, como Jesus, também somos chamados a viver em plena humanidade, com todas as suas complexidades, mas com a esperança de que nossa história, assim como a d’Ele, será redimida por Deus.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

  1. Quais são as falhas, os desafios e as vitórias que moldaram quem somos?
  2. Em que medida reconhecemos a ação de Deus nas nossas vidas, mesmo nas dificuldades e nas fraquezas?

CONTEMPLAR

Medite a verdade de que, assim como Deus trabalhou por meio da genealogia de Jesus, Ele também está trabalhando em sua vida

COMPROMISSO

Reconheça que sua vida é parte de um plano maior, que Deus está escrevendo ao longo das gerações, mesmo quando não entendo todos os detalhes? (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

De nada serve afirmar que Nosso Senhor é filho da bem-aventurada Virgem Maria, homem verdadeiro e perfeito, se não se acredita também que é descendente daquela estirpe que no Evangelho se menciona.

Escreve Mateus: Genealogia de Jesus Cristo, filho de Da­vid, filho de Abraão. E a seguir apresenta a ordem da descendência humana, com todas as gerações, até chegar a José, com quem estava desposada a Mãe do Senhor.

Lucas, por seu lado, seguindo a ordem inversa, faz retroceder os graus de ascendência, remontando-se à própria origem do género humano, para demonstrar que o primeiro Adão e o último Adão têm a mesma natureza.

Com efeito, para ensinar e justificar os homens, a omnipotência do Filho de Deus poderia ter aparecido da mesma forma que aos Patriarcas e aos Profetas, a saber, sob aparência humana, como, por exemplo, quando travou combate com Jacob e falou, ou quando aceitou a hospitalidade que Lhe ofereceram e tomou os alimentos que Lhe apresentaram.    

Mas estas imagens eram apenas sinais e prefigurações místicas daquele homem que havia de assumir da descendência desses mesmos Patriarcas uma verdadeira natureza humana.    Nenhuma daquelas figuras podia realizar o mistério da nossa reconciliação, preparado desde a eternidade, porque o Espírito Santo não tinha descido ainda sobre a Virgem Maria, nem a virtude do Altíssimo a tinha coberto com a sua sombra; a Sabedoria eterna não edificara ainda a sua casa no ventre puríssimo de Maria, para que o Verbo Se fizesse homem; ainda o Criador dos tempos não tinha nascido no tempo, unindo a natureza divina e a natureza humana numa só pessoa, de modo que Aquele por quem tudo foi criado fosse contado entre as suas criaturas.

Se este homem novo, feito à semelhança da carne peca­dora, não tivesse assumido a nossa condição, envelhecida pelo pecado; se Ele, que era consubstancial ao Pai, não Se tivesse dignado ser também consubstancial à Mãe; se Ele, livre de todo o pecado, não tivesse unido a Si a nossa natureza, toda a humanidade teria permanecido cativa sob o jugo do demónio. Não poderíamos ter beneficiado da vitória do Triunfador, se ela fosse conseguida numa natureza distinta da nossa.

(Das Cartas de São Leão Magno, papa. Liturgia das Horas).

Bom dia para você e sua família!