“RECONHECER E CONFIAR NA AUTORIDADE DE JESUS”

LER

Mateus 21,23-27

“Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?” (Mt 21,23).

No Evangelho de hoje, Jesus nos convida a uma fé autêntica, baseada na humildade e na busca sincera pela verdade. É necessário que tenhamos um coração puro e aberto à verdade para possamos reconhecer em Jesus a autoridade que nos guia para uma vida plena, e que, assim como Ele, possamos enfrentar os desafios com sabedoria e coragem.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

  1. Onde estou baseando as decisões da minha vida? Nas opiniões alheias, no medo de errar, ou na confiança em Deus?
  2. De onde vem a autoridade que conduz a nossa vida?

CONTEMPLAR

Imagine Jesus olhando para você com amor e perguntando: “Você confia em mim?”.

COMPROMISSO

Como posso viver de forma mais sincera e aberta à vontade de Deus? (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

A cena descrita no Evangelho é precisamente uma destas situações das quais tentaram aproveitar-se. «Viram neste momento algo débil», talvez «o tenham imaginado», e disseram a si mesmos: este é o momento. Eis então a pergunta: «Onde está a tua autoridade». Evidentemente, «sentiram-se fortes». Mas a reação de Jesus surpreende-os mais uma vez. «Não discute com eles» e tranquiliza-os: «Sim, sim, dir-vos-ei mas antes respondei-me» pediu fazendo referência a João Batista. Portanto, Jesus responde a uma pergunta com outra pergunta «e com isto põe-nos em dificuldade». Daqui a ligação identificada pelo Papa Francisco com a oração recitada no início da missa, na qual se pede ao Senhor «que ilumine as trevas do nosso coração». De facto, as pessoas sobre as quais fala o Evangelho «tinham muitas trevas no coração». Eram fortes, mas só de fora. E por esta razão a vida deles era, a parte exterior, toda regulada; mas o coração ia para outra direção: um coração débil e uma pele engessada, forte, dura».

Ao contrário, Jesus «ensina-nos que o cristão deve ter o coração forte, firme, que cresce na rocha, que é Cristo, e depois na forma de caminhar, com prudência». Com efeito, prosseguiu o Pontífice, «não se negocia o coração, não se negocia a rocha. A rocha é Cristo, não se negocia! E Jesus nunca negociava o seu coração de Filho do Pai, mas era aberto às pessoas, procurando o modo de as ajudar».

A este ponto Francisco quis acrescentar uma recordação pessoal, ligada à sua infância, «quando o Papa Pio XII — explicou — nos libertou daquela cruz tão pesada que foi o jejum eucarístico. Não se podia beber nem uma gota de água e para lavar os dentes era necessário fazer com que a água não fosse engolida». O bispo de Roma confidenciou: «Eu próprio, quando era jovem, fui confessar-me por ter recebido a comunhão, porque pensava que tinha engolido uma gota de água». Portanto, quando o Papa Pacelli «mudou a disciplina — “Ah, heresia! Tocou a disciplina da Igreja!” — muitos fariseus se escandalizaram. Porque Pio XII tinha feito como Jesus: viu a necessidade das pessoas. E «também a nossa vida pode tornar-se assim», admoestou o Papa, que revelou: «Por vezes, quando eu encontro um cristão, uma cristã assim, com o coração débil, vacilante, não firme na rocha e com muita rigidez fora, peço ao Senhor: lança-lhe à frente uma casca de banana, para que escorregue, se envergonhe de ser pecador e assim te encontre a ti, que és o Salvador». Aliás, «muitas vezes um pecado faz-nos envergonhar» e «encontrar o Senhor, que nos perdoa».

(Papa Bento VXI, Meditações matutinas na Santa Missa celebrada na capela da casa Santa Marta, 15/12/2014).

Bom dia para você e sua família!