“FÉ: CONFIAR EM JESUS E TOMAR ATITUDES.”
LER
Mateus 9,27-31
“Dois cegos acreditam em Jesus e são curados” (Mt 9,27-29).
O Evangelho de hoje é uma metáfora para a falta de visão interior, para as dificuldades de enxergar o sentido da vida, o propósito e a verdade de si mesmo. Em nossa vida cotidiana, muitas vezes nos vemos cegos para os aspectos mais profundos da nossa existência: nossas emoções, nossos medos, nossos desejos, ou mesmo a realidade que nos cerca. E, assim como os cegos do Evangelho, muitas vezes buscamos a cura, mas não sabemos exatamente onde encontrar a luz que nos fará ver. O primeiro passo importante é aclamar pelo Senhor, acolher seus ensinamentos, a vivência da oração e buscar tomar decisões iluminadas pela fé.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).
MEDITAR
1. O que, em mim, precisa ser iluminado pela luz de Cristo?
2. Tenho fé suficiente para acreditar na transformação em minha vida?
CONTEMPLAR
Deixemos que a palavra de Deus se faça viva em nós, sem pressa, sem buscar entender tudo racionalmente.
COMPROMISSO
Como posso ser perseverante em minha fé? (Escreva no seu diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
A oração é «um grito» — disse — que não tem medo de «incomodar Deus», de fazer «barulho», como quando «batemos à porta» com insistência. Referindo-se ao trecho do capítulo 9 de Mateus (27-31), o Papa focalizou antes de tudo a atenção sobre uma palavra contida no excerto do Evangelho «que nos faz refletir: o grito». Os cegos, que seguiam o Senhor, gritavam para ser curados. «Também aquele cego na entrada de Jericó gritava e os amigos do Senhor queriam que se calasse», recordou o Santo Padre. Mas aquele homem «pede ao Senhor uma graça e pede-a gritando», como querendo dizer a Jesus: «Faz isto! Eu tenho direito que tu o faças!». «Neste contexto, o grito — explicou o Pontífice — é um sinal da oração. O próprio Jesus, quando nos ensinava a rezar, pedia-nos para o fazer como um amigo incomodativo que, à meia-noite, ia pedir pão para os hóspedes». Em síntese, prosseguiu o Papa, «rezar — eu diria — incomodando. Não sei, talvez isto soe mal, mas rezar significa um pouco incomodar a Deus para que ele nos ouça». E foi precisamente o que fizeram os leprosos do Evangelho, que se aproximaram de Deus para lhe dizer: «Mas se tu quiseres, podes curar-nos». E «dizem-no com uma certa segurança». «E assim Jesus — afirmou o Pontífice — ensina-nos a rezar». Nós habitualmente apresentamos ao Senhor o nosso pedido «uma, duas ou três vezes, mas não com muita insistência: e depois cansamo-nos e esquecemo-nos de o pedir». Ao contrário, os cegos acerca dos quais fala Mateus no trecho do Evangelho «gritavam e não se cansavam de gritar». Com efeito, disse ainda o Papa, «Jesus diz-nos: pedi! Mas também nos diz: batei à porta! E quem bate à porta faz barulho, incomoda, importuna». 3 Eis, as «duas atitudes» da oração: «a necessidade e a certeza». A oração «é sempre necessária. A oração, quando nós pedimos algo, é necessidade: tenho esta necessidade, escuta-me Senhor!». Além disso, «quando é verdadeira, é confiante: escuta-me, eu penso que tu o possas fazer, porque o prometeste!». De facto, explicou o Pontífice, «a verdadeira oração cristã é fundada sobre a promessa de Deus. Ele o prometeu».
(Papa Francisco, Meditações matutinas na santa Missa celebrada na capela da Domus Sanctae Marthae, 12/12/2013).
Bom dia para você e sua família!
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