“O ESVAZIAMENTO DE SI, CAMINHO DE LIBERDADE”

LER

Lucas 14,25-33

“Quem não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” (Lc 14,33).

O Evangelho no faz ver que o mundo moderno, onde tantas vozes clamam por nossa atenção – trabalho, família, conquistas pessoais, tecnologia – é fácil nos perdermos na superficialidade. Jesus nos chama a redescobrir uma vida onde Ele ocupa o primeiro lugar. A renúncia de si mesmo é um processo contínuo, que envolve em abdicar do desejo de controlar tudo e confiar que, ao nos entregarmos nas propostas da Sagrada Escrituras e nos ensinamentos de Jesus, encontramos a verdadeira vida e paz interior.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

1. O que estou disposto a sacrificar para viver plenamente minha fé?

2. Estou vivendo de maneira coerente com a radicalidade que o Evangelho propõe?

CONTEMPLAR

Faça um momento de silêncio, acolhendo a paz e a presença de Deus, e repetindo suavemente em seu coração: “Renuncio tudo, Senhor, para estar Contigo”.

COMPROMISSO

Manifeste um pequeno gesto de desapego na sua vida diária, seja material, emocional ou espiritual. (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

No Corpo de Cristo, que cresce sem cessar a partir da Cruz do Redentor, precisamente o sofrimento, impregnado do espírito de Cristo, é o mediador insubstituível e autor dos bens indispensáveis para a salvação do mundo. Mais do que qualquer outra coisa, o sofrimento é aquilo que abre caminho à graça que transforma as almas humanas. Mais do que qualquer outra coisa, é ele que torna presentes na história da humanidade, as forças da Redenção. Naquela luta «cósmica» que se trava entre as forças espirituais do bem e as do mal, de que fala a Carta aos Efésios, (89) os sofrimentos humanos, unidos ao sofrimento redentor de Cristo, constituem um apoio particular às forças do bem, abrindo caminho à vitória destas forças salvíficas.

E por isso a Igreja vê em todos os irmãos e irmãs de Cristo que sofrem como que um sujeito multíplice da sua força sobrenatural. Quantas vezes os pastores da Igreja recorrem precisamente a eles e procuram concretamente neles ajuda e apoio! O Evangelho do sofrimento vai sendo escrito, sem cessar, e fala constantemente com as palavras deste estranho paradoxo: as fontes da força divina jorram exatamente do seio da fraqueza humana. Aqueles que participam nos sofrimentos de Cristo conservam nos sofrimentos próprios uma especialíssima parcela do infinito tesouro da Redenção do mundo, e podem partilhar este tesouro com os outros. Quanto mais o homem se vê ameaçado pelo pecado, quanto mais se apresentam pesadas as estruturas do pecado que comporta o mundo de hoje, maior é a eloquência que o sofrimento humano encerra em si mesmo e tanto mais a Igreja sente a necessidade de recorrer ao valor dos sofrimentos humanos para a salvação do mundo.

(Papa João Paulo II, Carta Apostólica salvifici doloris, nº 27, 11/02/1984).

Bom dia para você e sua família!