1. Iniciar com a saudação à Santíssima Trindade
  2. 1Rs 17,10-16
  3. 145(146),7.8-9a.9bc-10 (R.1)
  4. Hb 9,24-28
  5. Momento de silêncio
  6. Aclamação ao Evangelho

LER O EVANGELHO Marcos 12,38-44

  1. Vejamos quais atitudes e comportamentos específicos dos escribas que Jesus condena e por quê?
  2. O que Jesus observa sobre a diferença entre o que os ricos dão e o que a viúva oferece?
  3.  Por que a oferta da viúva é mais valorizada do que as dos escribas?
  4. Qual julgamento Jesus faz em relação a oferta dos escribas?

QUAIS PALAVRAS E AÇÕES ME CHAMARAM ATENÇÃO NO TEXTO?

REFLEXÃO

Somos chamados a refletir sobre o que realmente move nossas ações: buscamos a aprovação dos outros ou vivemos com sinceridade, dando o que temos de melhor, mesmo que em silêncio?

O testemunho da viúva ensina que o verdadeiro valor está na entrega autêntica, que não depende do quanto damos, mas de como e por que o fazemos. Sua atitude de confiança absoluta nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e nos questionarmos em relação às nossas atitudes. O texto nos motiva a uma atitude de superação do egocentrismo, que é uma contradição e impedimento, para o seguimento de Jesus.

Momento de silêncio

Oração: feche os olhos, silencie, respire e faça lentamente a Oração ao Espírito Santo… Vinde Espírito Santo, enchei…

MEDITAR

  1. Busco a aprovação dos outros ou vivo com sinceridade, dando o que tenho de melhor, mesmo que em silêncio?
  2. O que significa “doar com sacrifício e confiar plenamente”, como fez a viúva? De que forma essa atitude pode transformar minha vida?

ORAÇÃO

Ofereça com gratuidade a capacidade de doar-se sem medida em prol do Reino de Deus.

CONTEMPLAÇÃO

Contemple a confiança e a simplicidade da viúva e peça a Deus que você possa ter uma fé tão simples e corajosa, que se entrega totalmente.

COMPROMISSO

Qual pequena ação você poderia realizar hoje que demonstre uma generosidade autêntica, ou mesmo uma confiança maior em Deus?

7. Pai-Nosso, Ave-Maria.

Oração: Senhor, ensina-me a ser generoso(a) e autêntico(a) como essa viúva. Que eu saiba ofertar o que tenho de coração, não apenas nas coisas materiais, mas em minha vida e serviço. Ajuda-me a não buscar reconhecimento ou status, mas a fazer tudo com amor e humildade. Amém.

8. Benção final.

LEITURA ESPIRITUAL

O trecho do Evangelho deste domingo é composto por duas partes: uma, na qual se descreve como não devem ser os seguidores de Cristo; a outra, na qual se propõe um ideal exemplar de cristão.

Comecemos da primeira: o que não devemos fazer. Na primeira parte, Jesus atribui aos escribas, mestres da lei, três defeitos que se manifestam no seu estilo de vida: soberba, avidez e hipocrisia. Eles — diz Jesus — gostam «de ser cumprimentados nas praças públicas, e de se sentar nas primeiras cadeiras nas sinagogas e de ocupar os primeiros lugares nos banquetes» (Mc 12, 38-39). Mas por detrás de aparências tão solenes escondem-se falsidades e injustiças. Enquanto se ostentam em público, usam a sua autoridade para «devorar os bens das viúvas» (cf. v. 40) que, juntamente com os órfãos e os estrangeiros, eram consideradas as pessoas mais indefesas e menos tuteladas. Além disso, os escribas «rezam prolongadamente para se mostrar» (v. 40). Ainda hoje existe o risco de assumir estas atitudes. Por exemplo, quando se separa a oração da justiça, porque não se pode prestar culto a Deus e prejudicar os pobres. Ou então quando dizemos que amamos a Deus mas, ao contrário, antepomos a Ele a nossa vanglória, a nossa vantagem.

É nesta linha que se insere a segunda parte do Evangelho de hoje. A cena é ambientada no templo de Jerusalém, precisamente no lugar onde as pessoas lançavam as moedas como oferta. Há tantos ricos que oferecem muitas moedas, e há uma mulher pobre, viúva, que só oferece dois tostões, duas pequenas moedas. Jesus observa atentamente aquela mulher e chama a atenção dos discípulos para o contraste evidente da cena. Os ricos deram com grande ostentação aquilo que para eles era supérfluo, enquanto a viúva, com discrição e humildade, ofereceu «tudo o que tinha para o seu sustento» (v. 44); por isso — diz Jesus — ela deu mais do que todos. Por causa da sua pobreza extrema, poderia ter oferecido uma única moeda para o templo e conservado a outra para si. Mas ela não quer dividir a meio com Deus: priva-se de tudo. Na sua pobreza ela entendeu que, se tiver Deus, tem tudo; sente-se amada totalmente por Ele e, por sua vez, ama-o também de modo total. Que bonito exemplo, aquela velhinha!

Hoje Jesus diz-nos, também a nós, que a medida de juízo não é a quantidade, mas a plenitude. Existe uma diferença entre quantidade e plenitude. Podes ter muito dinheiro, mas ser vazio: não há plenitude no teu coração. Durante esta semana, meditai sobre a diferença que existe entre quantidade e plenitude. Não é questão de porta-moedas, mas de coração. Há diferença entre porta-moedas e coração… Existem doenças cardíacas que levam o coração a descer até ao porta-moedas… E isto não é bom! Amar a Deus «com todo o coração» significa confiar nele, na sua Providência, e servi-lo nos irmãos mais pobres sem esperar nada em troca.

(Papa Francisco, Angelus, 08/11/2015).