COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

“UM CORAÇÃO VOLTADO PARA O ALTO”

LER

João 6,37-40

“Toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna” (Jo 6,40).

Hoje a Igreja reza pelos fiéis defuntos, tanto por aqueles que professaram sua fé em Cristo, como por aqueles que não professaram, para que encontre diante de Deus misericórdia. Desse modo, que liturgia linda Deus proveu para nós neste dia, veja, na primeira leitura, Jó faz uma profissão de fé maravilhosa, sua experiencia com o amor de Deus é tão grande que o desejo dele é que fique gravada na rocha para que todos saibam que é só pelo amor que alcançamos o céu. Por conseguinte, vem o Salmo atestando o que fora dito anteriormente, é um Salmo que expressa a confiança que devemos depositar no Amor de Deus. O cardeal Raniero Catalamessa, evidencia o princípio esperança que designa a atuação do Espírito na Igreja, que a impulsiona, fortifica-a e alimenta-a na missão. É o Espírito Santo que nos nutre na fé e na esperança ruma a vida, a eternidade em Deus. Portanto, nós rezamos por nossos irmãos falecidos porque cremos no amor, na vida, porque cremos em Deus-Pai, Filho e Espírito Santo e esperamos por Ele, que virá um dia em Sua glória nos chamar para junto d’Ele.

(Danilo Tavares da Silva – Seminarista do 2º ano de teologia / Diocese de Bom Jesus-PI).

MEDITAR

1. Como eu acolho a promessa de que Jesus nunca me rejeitará?

2. De que forma a certeza da vida eterna influencia minhas escolhas e prioridades?

CONTEMPLAR

Esse é o momento de “ouvir” com o coração, estar aberto à paz e à presença de Deus.

COMPROMISSO

Escolha um momento para visitar o cemitério e eleve uma oração aos falecidos. (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

Vemos que também a morte pode ser lucro e a vida ser castigo. Por isso Paulo afirma: Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro. Que é Cristo, senão morte do corpo e espírito de vida? Morramos pois com Ele, para vivermos com Ele. Seja nosso exercício diário o amor da morte, a fim de que a nossa alma, pelo afastamento dos desejos corpóreos, aprenda a elevar-se para as alturas, onde o prazer terreno não pode chegar nem a atrair a si, e assim receba a imagem da morte para não incorrer no castigo da morte. A lei da carne contradiz a lei do espírito e quer submetê-la à lei do erro. Qual será o remédio para isto? Quem me libertará do meu corpo mortal? A graça de Deus por Jesus Cristo Nosso Senhor.

Temos médico, apliquemos o remédio. O nosso remédio é a graça de Cristo, e o corpo mortal é o nosso próprio corpo. Por conseguinte, afastemo-nos do corpo para não nos afastarmos de Cristo. Embora vivamos no corpo, não sigamos o que é do corpo nem nos sujeitemos às exigências da natureza, mas prefiramos os dons da graça.

Que mais ainda? O mundo foi resgatado pela morte de um só. Cristo podia não ter morrido, se quisesse; mas julgou que não devia fugir à morte, como se fosse inútil; antes, considerou-a como o melhor meio para nos salvar. A sua morte foi, portanto, a vida de todos. Recebemos o sinal sacramental da sua morte, anunciamos a sua morte na oração, proclamamos a sua morte na Eucaristia; a sua morte é vitória, é sacramento, é solenidade anual em todo o mundo.

Que diremos ainda da sua morte, depois de mostrarmos, com o exemplo divino, que só a morte conseguiu a imortalidade e se redimiu a si própria? Não devemos, pois, chorar a morte que é a causa da salvação universal; não devemos fugir à morte que o Filho de Deus não desprezou nem evitou.

(Do Livro de Santo Ambrósio, bispo, sobre a morte de seu irmão Sátiro, Liturgia da Horas).

Bom dia para você e sua família!