“ENCONTRE A VERDADEIRA FELICIDADE NA HUMILDADE, NA FÉ E NA ESPERANÇA EM DEUS.”
LER
Lucas 6,20-26
MEDITAR
“Bem-aventurados sois vós…” (Lc 6,20).
O Evangelho de hoje nos convida a fazer uma profunda reavaliação de nossos valores e prioridades. As Palavras de Jesus nos desafiam a abandonar as falsas seguranças oferecidas pelo mundo, tais como riquezas, prazer hedonista, autorreferencialíssimo, reconhecimento, e a abraçar o paradoxo da cruz: é na nossa fraqueza que encontramos a força de Deus, na nossa pobreza que encontramos sua riqueza, e na nossa tristeza que somos consolados.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual no Seminário de Teologia).
REFLEXÃO
- Como encontro sentido e propósito em meio ao sofrimento e às adversidades da vida?
- O que realmente define a minha felicidade realização no contexto do mundo atual?
CONTEMPLAR
“Todo o caminho da cruz está cheio de amor.” (Santa Catarina de Sena).
COMPROMISSO
Em meio às adversidades, rejeições e sofrimentos, comprometo-me a manter a fé e a esperança? (Escreva no seu diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
Mas o Evangelho de Mateus, ao contrário de Lucas, fala de “pobres em espírito”. O que significa isto? O espírito, segundo a Bíblia, é o sopro de vida que Deus comunicou a Adão; é a nossa dimensão mais íntima, digamos, a dimensão espiritual, a mais íntima, a que nos torna humanos, o núcleo mais profundo do nosso ser. Então os “pobres em espírito” são aqueles que são e se sentem pobres, mendigos, nas profundezas do seu ser. Jesus proclama-os bem-aventurados, porque o Reino do Céu lhes pertence.
Quantas vezes nos foi dito o contrário! É preciso ser algo na vida, ser alguém… É necessário ser famoso… É disto surgem a solidão e a infelicidade: se eu tenho que ser “alguém”, estou em competição com os outros e vivo numa preocupação obsessiva pelo meu ego. Se não aceito ser pobre, odeio tudo o que me lembra a minha fragilidade. Porque essa fragilidade me impede de ser uma pessoa importante, uma pessoa rica não só de dinheiro, mas de fama, de tudo.
Todos, diante de si, sabem que, por mais que se esforcem, permanecem sempre radicalmente incompletos e vulneráveis. Não há pintura alguma que cubra esta vulnerabilidade. Todos são vulneráveis dentro. É preciso ver onde. Mas como vivemos mal se rejeitamos os próprios limites! Vive-se mal. Não se digere o limite. Está ali. Pessoas orgulhosas não pedem ajuda, não podem pedir ajuda porque têm de ser autossuficientes. E quantas delas precisam de ajuda, mas o orgulho impede que peçam ajuda. E como é difícil admitir um erro e pedir perdão! Quando dou conselhos aos recém-casados, que me perguntam como levar por diante o seu matrimónio, respondo-lhes: “Há três palavras mágicas: com licença, obrigado, desculpa”. São palavras que vêm da pobreza de espírito. Não se deve ser intrometido, mas pedir licença: “Que te parece se fizermos isto?”, para que haja diálogo em família, esposo e esposa dialogam. “Fizeste isto por mim, obrigado, eu precisava”. Depois cometem-se sempre erros, vacila-se: “Desculpa”. E geralmente, casais, os recém-casados, aqueles que estão aqui e muitos, dizem-me: “A terceira é a mais difícil”, pedir desculpa, pedir perdão. Porque o homem orgulhoso não consegue. Ele não pode pedir desculpa: ele tem sempre razão. Não é pobre de espírito. Ao contrário, o Senhor nunca se cansa de perdoar; somos nós que infelizmente nos cansamos de pedir perdão (cf. Angelus, 17 de março de 2013). O cansaço de pedir perdão: esta é uma doença horrível!
(Papa Francisco, Audiência Geral, 05/02/2020)
Bom dia para você e sua família!
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