Tg 4,13-17; Sl 48(49),2-3.6-7.8-10.11 (R. Mt 5,3); Mc 9,38-40

“LIBERDADE DE AÇÃO E ACOLHIMENTO”

LER

Mc 9,38-40

MEDITAR

“Quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9,40).

Dentro dos nossos convívios e relações humanas temos inclinações que distorcem a vida fraterna e justa. Todos são igualmente irmãos e irmãs, servidores uns dos outros. Não há primeiro lugar. Há o lugar que compete a cada um e que deve ser honrado pelo serviço prestado para a glória de Deus e o bem do próximo. Os discípulos, porém, na via escura fazem aquilo que desagradou ao Mestre. Olhar com desdém apenas por ser do mesmo grupo ou afinidade. O Senhor nos mostra o acolhimento, a ternura na proximidade. Somos todos pertencentes ao mesmo rebanho.

Os discípulos se fecham dentro do seu grupo. Talvez tenham compreendido que não devem disputar o primeiro lugar entre eles. “Entendo, podiam dizer, que eu não sou o maior nem o primeiro, mas o grupo no qual eu estou, sim, este é o maior e o primeiro”. Sejamos atentos e amorosos sempre.

(Pe Jardel Moreira – Vigário Paroquial da Paróquia Santíssima Trindade / Teresina-PI)

REFLEXÃO

1. Tenho tendência para assumir compromissos na comunidade com sentimento de competição?

2. Procuro respeitar os dons e capacidades dos irmãos e irmãs?

CONTEMPLAR

Eleve sua oração com a frase: Entrega a Deus: liberdade de ação e acolhimento”.

COMPROMISSO

Procure perceber a ação de Deus em outras situações bem diferentes da sua.

LEITURA ESPIRITUAL

Torna-se necessária uma evangelização que ilumine os novos modos de se relacionar com Deus, com os outros e com o ambiente, e que suscite os valores fundamentais. É necessário chegar aonde são concebidas as novas histórias e paradigmas, alcançar com a Palavra de Jesus os núcleos mais profundos da alma das cidades. Não se deve esquecer que a cidade é um âmbito multicultural. Nas grandes cidades, pode observar-se uma trama em que grupos de pessoas compartilham as mesmas formas de sonhar a vida e ilusões semelhantes, constituindo-se em novos sectores humanos, em territórios culturais, em cidades invisíveis. Na realidade, convivem variadas formas culturais, mas exercem muitas vezes práticas de segregação e violência. A Igreja é chamada a ser servidora dum diálogo difícil. Enquanto há citadinos que conseguem os meios adequados para o desenvolvimento da vida pessoal e familiar, muitíssimos são também os “não-citadinos”, os “meio-citadinos” ou os “resíduos urbanos”. A cidade dá origem a uma espécie de ambivalência permanente, porque, ao mesmo tempo que oferece aos seus habitantes infinitas possibilidades, interpõe também numerosas dificuldades ao pleno desenvolvimento da vida de muitos. Esta contradição provoca sofrimentos lancinantes. Em muitas partes do mundo, as cidades são cenário de protestos em massa, onde milhares de habitantes reclamam liberdade, participação, justiça e várias reivindicações que, se não forem adequadamente interpretadas, nem pela força poderão ser silenciadas. (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, nº 74).

Bom dia para você e sua família!